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quinta-feira, 1 de março de 2018

047-Rocha Eterna

047-Rocha Eterna

O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador..."
(Salmos 18:2)

Letra : Augustus Montagne Toplady
Música: Thomas Hastings
Tradução: João Gomes da Rocha (J.G.R.)

ROCHA ETERNAROCK OF AGES
1
Rocha eterna, meu Jesus,
Que, por mim, na amarga cruz,
Foste morto eu meu lugar,
Morto para me salvar;
Em Ti quero me esconder,
Só Tu podes me valer.

2
Minhas obras, eu bem sei,
Nada valem ante a lei;
Se eu chorasse sem cessar.
Trabalhasse sem cansar,
Tudo inútil, tudo em vão!
Só em Ti há salvação.

3
Nada trago a Ti, Senhor!
'Spero só em Teu amor!
Todo indigno e imundo sou,
Eis, sem Ti, perdido estou!
No Teu sangue, ó Salvador,
Lava um pobre pecador.

4
Quando a morte me chamar,
E ante Ti me apresentar,
Rocha eterna, meu Jesus,
Que por mim, na amarga cruz,
Foste morto em meu lugar,
Quero em Ti só me abrigar.
1
Rock of Ages, cleft for me,
Let me hide myself in Thee;
Let the water and the blood,
From Thy wounded side which flowed,
Be of sin the double cure;
Save from wrath and make me pure.

2
Not the labor of my hands
Can fulfill Thy law’s demands;
Could my zeal no respite know,
Could my tears forever flow,
All for sin could not atone;
Thou must save, and Thou alone.

3
Nothing in my hand I bring,
Simply to the cross I cling;
Naked, come to Thee for dress;
Helpless look to Thee for grace;
Foul, I to the fountain fly;
Wash me, Savior, or I die.

4
While I draw this fleeting breath,
When mine eyes shall close in death,
[originally When my eye-strings break in death]
When I soar to worlds unknown,
See Thee on Thy judgment throne,
Rock of Ages, cleft for me,
Let me hide myself in Thee.
HISTÓRIA

O autor o intitulou “Uma Oração do Crente Mais Santo do Mundo para sua Vida e Morte.” Este hino de louvor e oração a Cristo, a “Rocha Eterna”, que morreu por nós, cujo sangue nos lava, e que oferece “perdão, pureza e salvação”, é um dos hinos mais difundidos e amados no mundo inteiro. Era o costume de Augustus Toplady escrever hinos para sua congregação cantar após o seu sermão. Este hino foi registrado depois do seu sermão sobre Gênesis 12:5. O tema principal da vida deste pastor anglicano era a suficiência da morte de Cristo para a nossa salvação. Toplay queria que todos entendessem bem que “nem trabalho, nem penar” contribuem para a nossa salvação, e que “nada eu tenho a te ofertar”; quem simplesmente crer nEle subirá para o céu e verá Seu rosto em glória!

Há diversas histórias sobre a inspiração da frase “Rocha Eterna”, mas uma pesquisa cuidadosa revela a mais provável. No prefácio do hinário "Hymns on the Lord's Supper" (Hinos sobre a Ceia do Senhor), publicado por Charles Wesley em 1745, foram citadas algumas linhas de um sermão intitulado O Sacramento e Sacrifício do Cristão pelo Dr. Daniel Brevint:

"Não deixe que meu coração arda com menos zelo, para segui-lO e servi-lO agora enquanto o pão está quebrado na mesa, do que ardiam os corações dos Teus discípulos quando quebraste o pão em Emaús, Ó Rocha de Israel, Rocha de Salvação, Rocha ferida e partida por mim.(...) Não deixe que minha alma tenha menos sede do que se eu estivesse com [Teu povo] no Monte Horebe, onde jorrou o santo sangue das feridas do meu Salvador."
.
Toplady e John Wesley não concordavam em assuntos de teologia. Eram oponentes acerbos nos assuntos da Graça e do Livre Arbítrio. Seus hinos, porém, permanecem lado a lado no hinário; nenhum outro hino expressa melhor a doutrina da Expiação, a impossibilidade do homem salvar a si próprio e o pleno poder do sangue de Cristo para a Salvação. Toplady comparou o “Débito do Pecado” do homem ao Débito Nacional da Inglaterra, e mostrou a futilidade do homem em querer pagar sua própria divida e então diz:
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“Necessitamos a Deus, o Pai, por eleger-nos; a Deus, o Filho, por assumir nossas dividas; e a Deus, o Espírito Santo, por seu dom da fé em Cristo.”

A grande semelhança de fraseologia de Toplady no original dá crédito a esta posição, Toplady publicou uma estrofe deste hino em 1775, em The Gospel Magazine (A Revista do Evangelho), da qual era editor, juntamente com um artigo intitulado A Vida é uma Viagem. Depois de apresentar uma série de perguntas e respostas que demonstravam que a Inglaterra jamais poderia pagar sua dívida nacional, comparou isso com o homem e seus pecados. Calculou quantos pecados um homem poderia cometer até certas idades – até 20 anos, 30, 40, etc. Chegando aos 80, o total seria de 2.522.890.000.Então apresentou a única solução, a que Cristo oferece, citando Gálatas 3.13:

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”.(...) Isto, não somente contrabalançará, mas infinitamente sobrebalançará todos os pecados de todo o mundo que crê.

A poesia completa de quatro estrofes apareceu na mesma revista, em março de 1776. Este hino tem sido o consolo de pessoas em todos os continentes. Albert, o príncipe-Consorte da rainha Vitória, recebeu grande consolação dele e pediu que fosse cantado no seu culto fúnebre. Foi cantado nos funerais do primeiro ministro da Grã-Bretanha, William Gladstone.
Ao ouvir o hino nesta ocasião, o hinólogo A.C.Benson declarou:
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"Ter escrito palavras que atendam à necessidade das pessoas em momentos de emoção profunda e de aflição, consagrando, consolando, enaltecendo - dificilmente pode haver algo que tenha mais valor do que isto!"

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